Dra. Cristiane Pertusi Psicóloga e Coach

ARTIGOS

Os opostos se atraem, mas como lidar com as diferenças no dia a dia

 As características individuais e história de vida são parte fundamental para que um relacionamento sobreviva ao tempo e as crises. Grau de maturidade psíquica (capacidade de tolerar diferenças, frustrações, carências etc.) são de grande importância para que o casal e cada cônjuge supere momentos de estresse na relação.
As escolhas de parceiros se baseia em motivos conscientes (como admirar certos tipos de perfis, comportamentos, estilo de vida, gostos, hobbies etc.) mas também inconscientes como questões ligadas a modelos de relacionamentos vivenciados em família de origem de cada um, conflitos com figuras femininas e masculinas (figuras parentais) e mesmo questões de carências afetivas e personalidades. As relações mais simbióticas ou mais maduras (onde ambos podem e conseguem ser indivíduos e casal) pode levar ao estabelecimento de vínculos complementares saudáveis ou mesmo mais conflituosos.
É provável que vínculos semelhantes possa evidenciar relações de submissão, poder, dependência afetiva, insegurança, temor a rejeição. Ao formar os vínculos conjugais ativa-se esquemas de crenças e vínculos individuais que pode ser adaptativo ou não e isso que tornará uma relação mais salutar.
Autores como Willy ressalta algumas características que pode predominar dentre os tipos de vínculos conjugais não adaptativos e podem manter relações disfuncionais.
Os tipos de vínculos revelam que há por parte de cada cônjuge o acionamento de esquemas individuais que quando se encontram no vinculo geram algumas formas de relacionamento como as abaixo:
Os opostos se atraem, mas eles se entendem? A convivência é fácil? O que a torna complicada? Mesmo se atraindo a complementariedade pode trazer conflitos e divergências onde gera sentimentos de oposição se estiver ativando distorções nos vínculos e nas expectativas conscientes ou inconscientes.
As questões de opostos quando evidencia características extremas (polarizadas) mais emocional X racional, ou mais imaturo x maduro pode trazer vínculos de co-dependências e mesmo distorções afetivas nos vínculos que gera dependência emocional que não promove o crescimento individual e mesmo conjugal.
Cada cônjuge precisa procurar desenvolver seus aspectos emocionais mais imaturos e regressivos, ao invés de ficar esperando que o parceiro execute.
É preciso que cada cônjuge busque ser um indivíduo com capacidade de manter sua subsistência emocional e física (subsistência financeira, organização, autocontrole, disciplina para sua pp questões cotidianas etc.) sem ficar dependente do outro.
O casal deve buscar alternar papeis e não deixar cristalizar funções emocionais e físicas no relacionamento.
É importante que o casal busque dialogar sobre seus conflitos e dificuldades evidenciando seus sentimentos diante das situações que são problemas e recorrentes no vinculo conjugal.
É importante que o casal negocie soluções salutares para ambos, sem a sensação de que um se beneficie mais que o outro.
É importante que cada cônjuge consiga perceber seus pontos de conflitos e carências individuais antes de atacar o outro por responsabilidades que são suas próprias.

O casal precisa produzir vínculos positivos individualmente e conjugalmente. Procurando dar espaços para o crescimento bilateral. Excesso de proteção e mesmo realizar pelo outro gera dependência afetiva, inibe o crescimento e impede que o vínculo seja de duas pessoas maduras.